terça-feira, 24 de julho de 2012

Estórias de arrepiar...

Eu sempre gostei muito de história. Era a minha disciplina favorita antes de começar a ter aulas de filosofia.

A história pode ser abordada de diversos prismas, mas são as estórias que a tornam mais rica e interessante. Olhando para trás conseguimos perceber que houve uma grande evolução, mas as gerações vindouras hão-de olhar para a nossa e ver o quanto ainda somos bárbaros e retrógrados… Gosto de pensar num futuro mais clean, sem arenas disfarçadas e com uma clara consciência e respeito por todos os seres que habitam o planeta.

Dito isto, decidi hoje falar de homens e mulheres que fizeram história, que moveram impérios, que atraíram multidões, mas não pelos melhores motivos. Fala-se muito de Hitler, mas ele está bem acompanhado naquele buraco escuro e flamejante, se não vejamos:


Vlad Tepes, o “empalador”  (1428-1476) 



Rei da Roménia destacou-se essencialmente pela sua crueldade que deu origem ao mito de Drácula.

Estima-se que matou cem mil pessoas. Gostava especialmente de assistir aos massacres e às torturas.

Diz-se que quando chegou ao trono, tratou de eliminar todos os seus inimigos. Para isso organizou um banquete e convidou-os a fazerem parte da festa. A meio da mesma, a sua guarda real irrompeu pela sala, prendeu os “desgraçados” e empalou-os ali mesmo. Alguns demoraram 3 dias a morrer nesse enorme suplício. Existem outros episódios macabros, como as medidas adoptadas para erradicar a pobreza do país – reuniu mendigos e leprosos num recinto e incendiou-o matando todos os presentes.

Morreu em 1476 assassinado, depois de passar 12 anos em cativeiro a empalar ratazanas e pássaros que apanhava.


Ranavalona I (1782-1861) 



Ranavalona, cujo nome real era Rabodoandrianampoinimerina, foi rainha de Madagáscar num período designado pelos cristãos como “o tempo em que a terra era escura”.  A sua frieza implacável levou ao assassinato aproximadamente de um milhão de súbditos segundo o antropólogo e cineasta Keith Laidler.

Consta que a rainha tinha um refinado e imaginativo talento para matar. Testemunhos da época revelam alguns dos métodos preferidos da mesma. Um deles consistia em colocar um prisioneiro num buraco escavado numa elevação enquanto do alto os soldados lançavam água a ferver. Ideias não faltavam e muitos foram os crimes cometidos na “Mansão do Medo” 


Pol Pot (1925-1998) 



No Camboja celebra-se a dia 20 de Janeiro o dia Nacional do Ódio. Milhares de Cambojanos exaltam-se gritando maldições contra o "Camarada Um" que transformou os campos de arroz num imenso ossário humano.

Entre 1975 e 1979 os Khamers Vermelhos perseguiam todo e qualquer suspeito de ter mantido relações com governos anteriores ou estrangeiros, cambojanos de origem vietnamita, profissionais liberais e de um modo geral qualquer pessoa que pudesse ter aspecto de intelectual (por exemplo usar óculos). Os cidadãos eram reeducados nos apelidados campos da morte. A família era considerada uma forma de resistência que deveria ser eliminada e o exército era constituído por crianças moldadas a esta ideologia que vigiavam e matavam os infractores, por norma recorrendo à utilização de sacos, bastões ou catanas, já que não se podiam desperdiçar balas.

Os trabalhos forçados nos campos de arroz levavam à exaustão e serviram de sepultura a muitos cambojanos que foram obrigados a emigrar da capital aquando da invasão dos Khamers Vermelhos e da proclamação do Ano Zero.

Estimam-se que tenham morrido cerca de 1,67 milhões de pessoas. 


Idi Amin Dada (1925-2003)



Foi presidente vitalício do Uganda entre 1971 e 1979. Quando chegou ao poder através de um golpe de estado mandou executar milhares de oficiais de etnias supostamente leais ao anterior chefe de estado. Depois virou-se para a população e mandou saquear vilas e aldeias com ordem para violar e matar indiscriminadamente. Em simultâneo aboliu todas as liberdades e direitos transformando a arbitrariedade em norma governamental.

Confesso admirador de Hitler lamentou que este não tivesse eliminado todos os Judeus e por isso propôs a extinção de Israel. Durante 8 anos Idi Amin Dada matou a seu bel-prazer.

Em 1979 o Uganda foi invadido pela Tanzânia obrigando o ditador a fugir e a exilar-se na Arábia Saudita onde obteve protecção de outros chefes muçulmanos que lhe garantiram uma vida de conforto até à sua morte em 2003.  Consta, que após a fuga de Idi, foram encontrados nos frigoríficos do palácio presidencial cabeças cortadas de alguns dos seus adversários. E junto de uma das suas mansões um campo de extermínio e detenção, cujos prisioneiros teriam sobrevivido a roer ossos de cadáveres. Idi confessou também comer carne humana, mas não ser esse um dos seus pratos preferidos. Estima-se que matou mais de 300 mil Ugandeses e nunca se arrependeu…  

Fonte: Super Interessante; Wikipédia; Filme: Terra Sangrenta

3 comentários:

  1. Que tema tão macabro loool
    parece um filme de terror...

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  2. Eu adoro "História" e acredito que ao lermos certas coisas verificamos que a mesma é contínua. Está numa relação de passado/presente e faz alterações na nossa vida. O ser humano ainda está cometendo atrocidades, matando outros homens, destruindo a natureza com fogos postos, matando animais, maltratando as pessoas...enfim...o mundo ainda precisa de muito para que não façamos "história" baseada em tanta tragédia...

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