segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Bebés

Faz-me um pouco de confusão aquelas pessoas que se metem na vida dos outro e dão 'ordens' sobre o que devem ou não fazer. Mas já sei que se dissesse alguma coisa diriam que estão só a dar a sua opinião e que eu nunca aceito nada.
Mas reparem e digam de sua justiça. Se vos dissessem 'Nem pensem em ter já filhos' ou 'Se não arranjar trabalho não tem filhos' o que vos parece, estariam a dar uma opinião ou a dar uma 'ordem'? É que para mim opinião eu dou no meio de uma conversa ou quando alguém me pede e sempre a dizer algo como 'Para mim...' 'Se estivesse na tua situação..' e explicaria o porquê daquela opinião. Não me parece nada correcto alguém falar pelo o outro e impor a sua opinião. Se for alguém distante não ligamos mas e se for alguém próximo?
Nem todos os casais querem ter filhos e se é chato os familiares e amigos insistirem sempre no assunto após o casamento, a situação inversa também é muito desagradável. Um casal pode querer muito ter filhos mas não ter as condições ideais. Mas quando é que é a altura ideal? É tudo muito relativo e se hoje em dia existe muito desemprego e as coisas estão muito caras do que eu sei no tempo dos nossos pais as coisas também não estavam melhor, sei de casos em que a mulher estava desempregada, outros em se tinha de dividir uma sardinha por dez, etc. Tinha-se filhos, nem sempre nas melhores condições, mas não se procurava ter tudo e mais alguma coisa. Acho que não tive nenhum carrinho XPTO, espreguiçadeira nem se ouvia falar, andava-se ao colo da mãe e eramos felizes. Quando são novas as crianças não se apercebem de tudo, nem sentem necessidade de tantas coisas, nós é que, enquanto pais, queremos dar-lhes tudo e mais alguma coisa. É possivel ter filhos e não gastar tanto como se imagina. Actualmente quase todos os meses há promoções nos supermercados para fraldas, toalhetes, cremes etc. Os avós, tios e amigos oferecem tanta coisa. Eu por exemplo, comprei pouca roupa. Brinquedos, a criança ao pincipio nem liga.
E se estivermos à espera da altura ideal, o tempo vai passar e quando dermos por isso já vai ser tarde. Até porque hoje nenhum trabalho é estável, podemos esperar pelo trabalho ideal para engravidarmos e de um momento para o outro ficarmos sem esse porto seguro. Facilitaram tanto os despedimentos e é tão fácil contornar as leis...

4 comentários:

  1. Pois, todos nós facilmente podemos opinar sobre a vida dos outros e o que acharíamos que seria melhor para o outro, mesmo que seja numa de "faz o que eu digo, não faças o que eu faço". Quando existe muita intimidade, como dizes haver neste caso concreto, ainda se coloca a questão das pessoas não conhecerem limites no domínio da "opinião" e utilizarem sempre o mote de "tu não aceitares opiniões", como referes ou dizerem sempre que é com boa intenção... Eu até acredito que seja, mas faz parte pensarmos no que dizemos e tentar perceber se não estamos a ferir susceptibilidades só porque queremos a todo o custo dar uma opinião não pedida e ainda ter razão. Um dia alguém disse isto: "Queres amar ou ter razão?"... Às vezes mais vale passar à frente do que lutarmos por ter "razão" sobre a vida de outra pessoa. Dito isto, vou dar a minha opinião :p Querida, os amigos e família só querem o melhor para nós, mesmo que às vezes não saibam exprimir isso da melhor forma. Cabe-nos, quando não gostamos, passar à frente e mudar de assunto... É mesmo a melhor opção. E não te chateies com quem te diz isso, afinal de contas só tu sabes o que é melhor para ti.

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  2. Tens razão mas não foi comigo ;) looool Quando casei houve algumas vozes sobre o assunto mas agora a situação foi com alguém muito perto e que me fez recordar.

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  3. Olá olá! Acho que devemos sempre ouvir várias opiniões e depois reflectimos para nós mesmos, o que achamos ser o melhor para nós, em dado momento.No final, somos sempre nós que decidimos sobre a nossa vida e as nossas escolhas.
    Uma coisa é dar uma opinião, outra coisa é ter pessoas a intrometerem-se na nossa vida...tem de haver limites.
    Por vezes em situações em que as pessoas têm maior intimidade conosco, as pessoas que gostam de nós,sentem-se mais à vontade para opinarem, mesmo que não seja por mal,acredito que a intenção é boa:) mas também nestes casos....ouvimos e respeitamos a opinião que nos é dada....reflectimos porque serve sempre para aprender....mas no fim....somos nós que decidimos.
    Quanto ao assunto bebés....hoje em dia parece nunca haver um momento certo....a vida é instável....os empregos também.....o mais importante é sentir que é naquele momento e seguir em frente. Concordo que pode-se dar sempre o principal ao bebé, sem gastar muito.
    Claro que devemos pensar um pouco antes de iniciar um projecto familiar mas se estivermos à espera da altura certa....nunca mais....há que arriscar e ter fé:)

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  4. Acredito que os bebês são "investimentos" para o resto da vida, é uma troca enorme de amor. Claro que precisam de gastos e por mais que se viva com pouco, não podemos "condená-los" a não terem nada além. Se uma pessoa está sentindo que as despesas estão altas com um filho, talvez não seja mesmo apropriado ter um segundo filho e fazer com o que o pouco seja dividido. A instabilidade é quase que uma prova de que não podemos exagerar, uma escolha de que "onde come um, comem cem etc" não é de todo a mais razoável, mas se a pessoa assim o quiser, que seja feita a vontade dela :)

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