terça-feira, 13 de novembro de 2012

Situações do caraças


Já todos nós passámos certamente por situações chatas, daquelas que nos deixam meio desnorteados, sem sabermos bem para onde nos virar.

Há alguns aninhos atrás, passei por uma que envolvia tecnologia e fiquei com a clara certeza de que já não passamos sem ela. Ora bem, estava eu no Nuerte, nomeadamente em Espinho, quando me decido por ir ao cabeleireiro arranjar a trufa. Ora, como não tinha carro na altura fui de boleia com o meu cunhado e ficou combinado que assim que estivesse despachada lhe ligaria. Muito bem. Pus-me linda e jeitosa, vou a dar um toquezinho para garantir a boleia a tempo e horas e tumbas, telemóvel desligado e sem qualquer possibilidade de ser reanimado. Bom, olhei para a direita, olhei para a esquerda e pedi à cabeleireira que era, inclusivamente, amiga da família se podia fazer um telefonema, ao qual ela me respondeu que não porque não tinha saldo e a filha também não tinha saldo e a mãe também não tinha saldo e por momentos parecia que ao mundo tinha acabado o saldo.

Contudo, gentilmente pedi à única cliente presente se fazia esse favorzinho, sendo que lhe daria o valor da chamada em aeurios. Ela perguntou-me qual a rede para que queria ligar. Eu disse que era para 93 (Optimus) e a cabra ou puta (como preferirem e acreditem que são os melhores nomes que tenho para lhe chamar) disse que não, para outras redes as chamadas eram mais caras. E pronto, eu fiquei com a minha cara de tacho, espantada com tamanha má vontade e deixei-as a falar dos filhos, pensando para mim que se algum dia tal coisa acontecesse ao filho dela (de 14 anos) talvez ela gostasse que ele se cruzasse com uma pessoa melhor, que o ajudasse, em vez de cagar pro puto e dizer que as "chamadas tão caras, dá às perninhas que por algum motivo o Senhor tas deu"...

Mas pronto... Segui caminho, fui a um café, pedi para fazer um telefonema, mas para mal dos meus pecados não sabia de cor o numero do meu cunhado, apenas o da minha mãe. Liguei, dei o recado, ela ligou para ele e pronto, em 5 minutos tive o meu resgate daquele fim do mundo cheio de gente possidônia.

Hoje também tive uma situação muito chata, que me fez pensar na pirâmide de maslow e em como é tão propositada e certeira.

Fui à alfandega levantar uma encomenda enguiçada que teimava em não vir à mamã. Depois de ultrapassar todo um engarrafamento e de estacionar longe para burro corro até ao posto de desalfandegamento e eis que me apercebo que assim de repente fiquei com uma vontade louca, mas completamente louca de fazer xixi. Eu não queria saber de mais nada, eu não pensava em mais nada, o mundo podia acabar ali, que eu só queria mesmo, MESMO, fazer o meu xixi. Pedi na alfandega, mas aquelas vacas leiteiras que não f** há mais de 10 anos não me permitiram usar o WC, mandaram-me ir falar com a segurança para usar a dos funcionários e aquela porca com o ar mais deslavado do mundo, diz-me que não pode autorizar. 

Muito bem, e dei por mim no fim do mundo, sem um café ou super mercado por perto, sem uma casa de banho publica, uma mata, whatever... qualquer coisinha... mas NADA. Andei uns 15 minutos e dei de caras com o LIDL. Ai... o que eu adoro o Lidl... e pronto, fiz xixi e a partir daí já consegui raciocinar novamente...

E é isto... Por vezes acontecem situações em que precisamos de um favorzinho e parece que nos fecham todas as portas e janelas como se fossemos os terrível homem das neves e só quisessemos comer criançinhas... É o mundo que temos...

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