terça-feira, 9 de abril de 2013

Eu, tu e a minha ex


Eu já pensei em 1500 formas de abordar este tema porque apesar do muito que tenho a dizer, estou consciente de que talvez nem tudo deva ficar escrito e/ou ser revelado. A verdade é que nunca sabemos quem nos lê e o objectivo não é ofender ninguém nem ferir susceptibilidades, mas antes, falar sobre algo que assombra muitas relações por esse mundo a fora. E dito isto, comecemos então a divagar sobre esta trilogia com mais horas de filme que o senhor dos anéis. ATENÇÃO – Bolinha vermelha!!

Todos nós temos passado, se bem que já houve alturas em que desejei começar a namorar putos e de preferência órfãos que é para não haver cá ex nem mãezinhas, nem ninguém a chatear-me o miolo. No entanto, sempre gostei de homens mais velhos e mais maduros. Não tenho grande paciência para os campeonatos de playstation que os mocinhos de 18 anos fazem através das suas lunetes (porque isto depois de horas em frente ao televisor, os olhinhos já não vêem como antigamente), nem dos ataques de epilepsia por não respeitarem o número de horas máximo aconselháveis para jogar ( o pessoal espuma-se e tal e aquilo não é bonito de se ver). Enfim, também não me estava a ver a participar em conversas sobre os desenhos animados da moda, nem em provocar uma ejaculação (precoce, bem precoce) só porque me despi (sim, que eu sou boa, mesmo muito boa, ou então não… mas os putos também na fusanga da novidade não estão nem ai para a celulite no rabo… adiante).

Estando a camada mais jovem da população fora de questão. A aposta recaiu nos trintões ou nos vinte e muitos, vá. 40 nem pensar, que aí para alem das ex, também vêm os filhos atrás e o meu instinto maternal nunca foi bem aquela coisa, tão a ver? Não tão a ver nada, estão é a pensar que para quem não queria ferir suscetibilidades está com uma conversa porca que só visto, mas meus queridos, a sinceridade roça muitas vezes na rudez, e ser rude é uma das minhas muitas especialidades.

Bom, mas voltando ao tema. Ninguém escolhe um parceiro tendo em conta aquele tal estereótipo ideal, ou se escolhe, morre na secura, que isto de príncipes anda fraco. Pegar na listinha e:
- Barriga sarada – Não confere;
- Pénis de 30 cm – Não confere;
- Inteligente – Não confere;
- Sentido de humor – Confere até em demasia;
- Galanteador – Nem uma sombra;
- Lindo de morrer – Pois, temos pena;

E ver que nada confere, pode ser frustrante. Nesta vida devemos é deixar-nos levar e depois logo se vê. Fiz isso, fiz isso várias vezes. Decidi terminar uma relação de 6 anos com pedido de casamento pelo meio para me aventurar num mundo novo e para poder experimentar novas sensações. E pronto, foi logo aqui que experimentei pela primeira vez fazer parte de uma trilogia (desta vez, bastante curta) mas com direito a episódios de dar dó.

O moço, cujo nome não importa porque se veio a revelar um F** da P** que só ele, tinha uma relação mal resolvida com uma mocinha que ligava de 5 em 5 minutos e chorava, mas chorava como se não houvesse amanhã, ao telefone. Sim, o final da relação podia ter acontecido há pouco tempo, ou então 4 meses já é tempo suficiente para não se dar aquele show, digo eu, que também sou a favor daquela máxima que diz: “nunca digas - desta água não beberei”. A verdade, verdadinha, é que ter alguém do outro lado a berrar pelo nosso namorado estraga qualquer clima. Não liguei grande coisa ao tema. Não fiz crise de ciúmes, não quis que a moça morresse, nada… até tinha pena dela. Até ao dia que veio contra mim que nem uma hipopotama, aí sim, estive perto de lhe partir as trombas. Mas eu nessa altura ainda era pequenina, ainda era acanhada e parvalhona. Hoje em dia não ficaria perto de lhe partir as trombas, hoje em dia teria partido as trombas, os bracinhos, as perninhas e tudo o que mais se me avizinhasse à frente.

Não foi por culpa dela que o namoro acabou meses mais tarde, mas sei que a fiz muito feliz quando deixei o objecto de desejo dela livre e desimpedido. Ufa…

Mas bem, não foi só nessa altura que eu achei que as ex namoradas (algumas, claro) eram tipo uma praga, eram como ervas daninhas que picam e que corroem o que de verdejante e saudável cresce ao seu redor. Já eu, como ex namorada sou um sonho, porque assim que os “mato”, meus amigos nem para adubo servem. Sou também a favor daquela máxima de que “crominho repetido não completa caderneta”. Portanto, nem pensar… No entanto se olhar para trás vejo que tenho admiração por alguns, nojo por outros. Que desejo bem a um punhado deles, que desejo distancia a uma meia dúzia e que um deles, mas apenas um, eu até repetia se não estivesse casada. Enfim, para todas as regras existe excepção.

Voltando ao tema. Não sou só eu do meu ciclo de amigos e amigas e conhecidos e conhecidas que passa ou já passou por trilogias desta natureza. A ex quando vira amiga pode ser a peçonhisse em pessoa e como tem a desculpa de ser amiga – ui – comprem ride, mas comprem muito. Comprem cianeto e ponham nos biscoitos que lhe derem de boas-vindas, entornem-lhe café no vestido novo – enfim, inventem coisas a ver se ela deixa de ser “amiga”.

E bem, mais por agora não vou dizer. No entanto, se quiserem deixar as vossas experiências triologicas força com isso. Fica só uma pergunta no ar, assim como quem não quer a coisa: “É normal uma ex ligar ao nosso futuro marido lá pela meia noite na véspera do casamento dele?” é pah é que se é normal, pronto… devo ser eu que sou doente dos cornos. Problemas…

Um comentário:

  1. Felizmente, não existia bolinha vermelha para as gargalhadas. Dei muita risada por aqui, sempre alimenta a alma.
    Quanto às exs, lido bem com elas, aliás, não tenho mesmo problema que existam, acho que fazem parte da "construção" do homem...lol
    Algumas servem bem, outras nem tanto.
    Quanto aos homens, bem, alguns nem sei pq um dia nos damos o trabalho de dizer-lhes algo a mais do deveriam ouvir...lol
    Mais? Nem pensar...lol

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