sexta-feira, 6 de março de 2015

Como arruinar um encontro amoroso!

No outro dia falávamos entre amigas do que para cada uma de nós poderia arruinar um encontro amoroso. 

As opiniões não são unânimes. Uma por um lado, diz que perdeu todo e qualquer interesse quando foi lanchar com um espécime masculino e este pediu para acompanhar um pastel de nata um leite com chocolate UCAL. Para ela gajo que é gajo pede uma jola. Pois que eu não sou da mesma opinião e acho o pedido do UCAL bastante fofinho. Jola e pastel de nata parece que não ligam. É como que uma combinação forçada que só um alcoólico em potência se poderia lembrar. Ou não, não sei, sem querer ferir ninguém pelo preconceito associado à escolha.

Para mim, quando não se gosta o suficiente, tudo pode ser pretexto para aniquilar um possível romance num primeiro encontro. Coisas como: arrotar, soltar gases, palitar os dentes sem pudor à nossa frente, falar da ex namorada ou enfadar-nos com algum tema de que só ele gosta - já sabemos que são coisas para as quais ninguém tem paciência. No entanto, depois existem outros pormenores que pessoalmente, mas de uma forma mesmo muito pessoal me mexem com os nervos e retiram toda e qualquer hipótese daquilo alguma vez ser mais do que um encontro infeliz.

1) Ver o secret story - Filhos vejam antes a novela das 7, assistam ao telejornal ou leiam mesmo a Maria, agora não me comam aquilo às colheres, por amor de Deus. Se consomem, esqueçam. Eu quero um homem e não uma anémona.;

2) Dizer "apanhar a carreira" - Se disser "caminete" eu juro que vou achar fofinho. Pacóvio, mas fofinho. Autocarro será o ideal. Agora... carreira, filhos? Isso é um punhal no meu coração;

3) Monosobrancelha - É preciso comentar ou basta só dizer monosobrancelha? 

4) Não me ensinar nada - Não consigo ver qualquer tipo de interesse em alguém que não me acrescente nada. Preciso de pessoas que tragam um mundo consigo e não, não é saber de cor o nome de todos os participantes do Big Brother;

5) Não ter atitude - Homens desengomem-se. Não vos discorre que uma mulher gosta de se sentir segura e amparada e ter ao seu lado alguém que tome iniciativas e apresente soluções? A nossa cabeça é demasiado complicada. Nós temos duvidas cruéis diariamente quanto ao que vamos vestir. Se levamos o vestido verde ou azul, pelo que não há tempo para outras questões existenciais. É do género peguem-me no braço e levem-me, que se é para ser bom, eu vou. Se não for, mais vale estarem quietinhos;

6) Mente obtusa - Detesto criaturas fechadas em si mesmas que não queiram conhecer, ver, aprender e saborear coisas novas, só porque não querem. Vivem num mundinho pequenino e quadrado e são felizes assim. Por mim tudo bem desde que não me levem para lá. Prefiro um mundo sem fronteiras;

7) Bebedeiras - Há muito que as pessoas andam um bocadinho perdidas quanto ao que é beber socialmente. Beber socialmente não é entrar em coma alcoólico num convívio. Não, não é. É beber de uma forma moderada para que no dia seguinte se lembrem de tudo o que se passou e não vomitem de 5 em 5 segundos;

8) Excesso de bagagem - Todos nós temos passado. Uns têm um pequeno balde de lixo, outros têm um desterro. Eu pessoalmente tenho uma incineradora. Nada como a cremação para não deixar vestígios de coisas más. Há que respeitar o que cada um viveu e as pessoas que traz. Mas há limites. É preciso perceber qual o lugar do passado face ao presente, é preciso não deixar que feridas antigas prejudiquem "coisas" novas e a florescer e principalmente é preciso deixar os mortos descansar. 

9) Aparecer de pijama - Se naquela manhã estava um frio cortante e o macho latino que há em vós se encolheu num canto escuro deixando vir ao de cima o mini mouse que vive nos recônditos da vossa existência e não conseguiram tirar o pijama polar com ursinhos, vestindo apenas umas calças de ganga por cima, pelo menos que não o ostentem com orgulho. E agora vocês pensam que nunca ninguém ia fazer uma coisa desta. Pois se soubessem o que eu sei, não pensariam o mesmo.

Bem, eu sou uma gaja exigente ou estou uma gaja exigente. Felizmente cada vez mais sei o que não quero! Há mais pormenores macabros aqui e existem outras questões de base sobre as quais não me pronuncio, porque lá está, são básicas. A higiene, o bem cheirar, o bem se apresentar, o sorriso, o olhar, o charme... blá blá blá... as coisas do costume. 

Não pensem também que isto vem tudo da minha auto-biografia. Estamos a falar no âmbito geral. Muito geral, ok?!


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