Quando leio este título ocorre-me que uma criança pequenina com 2/3 anos tenha ficado junto ao cadáver do pai durante dois dias perdida e desamparada. Depois ao ler a notícia percebo que afinal não foi nada disto. Digamos que foi antes uma criança com sete anos que ao ver o pai inanimado desceu para pedir ajuda à avó que se esmerdalhou ao subir as escadas e por lá ficou também ela durante dois dias. A criança, essa, não ficou por casa. Andou pela rua, o que causou estranheza na vizinhança que acabou por chamar a GNR.
Então eu penso que o título mais adequado para esta notícia seria que pai morre e avó fica estronchada nas escadas enquanto criança brinca na rua durante dois dias. As crianças até são mázinhas umas para as outras, mas não vejo este menino a subir e a descer as escadas alegremente ignorando os gemidos de dor da avó - "Ao menos traz-me uma almofada Toninho" / - "Já trago avó. Depois de brincar com o Zéquinha"
Obviamente que é uma situação extremamente triste e é mais um órfão numa instituição, Aquilo que me choca aqui é mesmo a abordagem do jornal e a forma como os factos são contados.
Com 7 anos já não é nenhum bebé. Soube pedir ajuda à avó e depois iria andar simplesmente a passear na rua sem pedir socorro a ninguém?!
Coisa tão Correio da Manhã!
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